O Que São Pacientes Especiais para a Odontologia?

 

  Ultimamente, na Odontologia existe um movimento maior no entendimento e na prática clínica oferecida a pessoas com necessidades especiais. Foi regulamentada pelo Conselho Federal de Odontologia a especialidade de Odontologia em Pacientes com Necessidades Especiais.

  São considerados Pacientes com Necessidades Especiais aqueles que apresentem qualquer tipo de condição que os faça necessitar de atendimento diferenciado por um período de tempo ou por toda sua vida.

 

  Nesse grupo estão incluídos os portadores de:

• Doenças sistêmicas crônicas (diabetes, cardiopatias, hipertensão,  doenças hematológicas, insuficiência renal crônica, doenças auto imunes, doenças vesículo bolhosas, etc)
• Condições transitórias como gravidez,
• pessoas que perderam sua condição de normalidade como as vítimas de acidentes,
• idosos,
• anomalias congênitas (deformidades, síndromes),
• distúrbios comportamentais (autismo),
• transtornos psiquiátricos,
• Doenças infectocontagiosas (hepatites, HIV, tuberculose)
• Condições sistêmicas (irradiados, transplantados , oncológicos, gestantes, imunocomprometidos)
• Portadores de deficiência física e/ou mental, entre outros.

Por que é tão difícil encontrar profissionais ?

 

  Segundo dados do Ministério da Saúde e da Organização Mundial de Saúde, a população estimada de pacientes portadores de deficiências de diversos tipos é de 10% da população mundial, ou seja, temos aproximadamente 15 milhões de brasileiros necessitando de cuidados especiais!

 

  Infelizmente, muito longe de 10% dos cirurgiões-dentistas absorvem esta fatia da população e pensando nisso, o conselho federal de odontologia regulamentou a especialidade.

 

  Este especialista deve conhecer as necessidades de seus pacientes nos âmbitos social, orgânico, físico e psíquico, além de ser de fácil contato e se integrar multidisciplinarmente (com outros terapeutas).

 

 

 Todo e qualquer indivíduo tem direito ao tratamento digno e competente, guardando-se as diferenças individuais.

 

Captação de células-tronco de dentes de leite

   Prezados, para alguns pode parecer um tanto quanto futurista, porém esta é a realidade das gerações de agora. Funciona como um seguro, e no futuro bem breve será levada em conta pelos planos de saúde. 
 

   A obtenção das células-tronco da polpa do dente de leite é um processo não invasivo e que pode ser feita naturalmente durante o período de troca dos dentes da criança, entre os 5 e 12 anos.

 

   Programa-se a extração do dentinho de leite, dentro da época apropriada desta troca e o dentista envia o dente ao banco de células para tratamento delas e armazenamento.

 

  As células-tronco dos dentes de leite são células jovens e de excelente qualidade e quantidade, ideais para um futuro tratamento de doenças degenerativas do doador e outros familiares.

 

    A polpa do dente é uma pequena massa de tecido vivo, composta de vasos sanguíneos, nervos e células-tronco. Essas células são denominadas células-tronco mesenquimais multipotentes, o que significa que elas têm a capacidade de se transformar em uma ampla variedade de tipos de células, incluindo:

• Miócitos: reparação do tecido muscular
• Cardiomiócitos: reparação do tecido cardíaco
• Neurônios e células da glia: reparação do tecido nervoso
• Osteócitos: reparação de ossos
• Condroblastos: reparação de cartilagem
• Células epiteliais: reparação da pele e da superfície ocular

   Após captadas ,são armazenados em nitrogênio líquido, o que garante uma temperatura constante de -196 °C, fazendo com que as células-tronco neles armazenadas permaneçam em perfeitas condições de uso por tempo indeterminado.

 

   Para satisfazer a curiosidade do custo, quando meus pacientes solicitam este tipo de terapia, após toda avaliação específica da criança, check list do dentinho e escolha da técnica em abordagem para a pequena cirurgia, em torno de R$ 2000,00 (parceláveis) para a captação e processamento das células deverão ser pagos ao banco. Após um ano da coleta, a anuidade de armazenamento fica em torno de R$400,00.

 

   Curiosidade: Mais barato que captar células do cordão umbilical na hora do parto.